sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

De longe, observo.

Ela começa a tecer uma nova história. Dessas de amor, que são as preferidas. Os fios invisíveis, cruzam os quilômetros de distância. Tocam a pele, afagam, alentam. E do outro lado, a criança se deixa envolver. Porque é quente e macio. E o mundo, o mundo é tão hostil. Percebendo a entrega, ela se deleita. Trabalha dia e noite. Atravessa as horas, os dias, os meses. Incansável. Sonha acordada e faz planos mirabolantes. Inventa novas cores pra enfeitar o desenho, que é sempre dos mais bonitos. Espalha palavras doces pelo caminho e espera que as letras sejam devoradas. E são. Sempre são. Os corações têm fome de afeto.

2 comentários:

Thata disse...

deus...isso parece que foi escrito pra mim! que lindo, briza, isso aqui ta cada vez melhor.
bju

Anônimo disse...

Ô como eu me identifico,putzgrila!
Muito bacana,Briza!
:*