terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Não durmo há quatro dias.

Só falta tentar suco de maçã, sem casca, pra ver se adianta. Fico ali, deitada na cama, olhando pro teto, tentando relaxar pra ver se o sono engrena, mas não tem jeito. Nos primeiros dias foi um pensamento que levava a outro, que levava a outro pensamento e abri tantas gavetas, que meudeusdocéu. Mas, acho que aprendi a fazer isso sem bagunçar tudo ao redor. Uma hora, a gente consegue, né? Sei bem o que me diz respeito, qual é a minha parte, o que preciso mudar e o que falta consertar. Continuo sem saber como dar esse próximo passo, esses próximos passos, na verdade, mas chego lá. Mesmo que demore, mesmo que. Dos outros, tento esperar e cobrar cada vez menos. Que enfeitem o meu dia a seu modo e a seu tempo. Engraçado é que acabaram confundindo esse desprendimento com desamor. Vá entender. As pessoas, todas elas, eu, inclusive, são cheias de arestas. Mas, voltando às minhas noites insones, passada essa etapa de varredura de pensamentos e sentimentos, fiz milhares de listas de isso-sim, isso-não, isso-talvez. Pros amanhãs. Porque quando a gente menos espera, já é 15 de fevereiro de 9 anos depois. Isso assusta. Aliás, ando assustada novamente. Menos que antes. Menos que naquelas férias de 2007. Mas, ainda assim. Talvez, seja por isso que não durma, afinal. Coisa esquisita. Como foi esquisito quando as portas do quarto bateram sozinhas ao mesmo tempo. Como foi ainda mais esquisito não sentir medo dessa vez e quase achar graça. Ando mais leve, sabe? Mesmo sem dormir. Não levo pedras comigo.

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