Foi muito chato chegar lá e não saber pra onde ir. Ficar de um lado pra outro, perguntando às pessoas como encontrar a médica que estava procurando: tenho uma consulta com essa médica aqui, ó, endocrinologista. Onde é, hein?
Cada um que me mandasse pra um canto, difícil era acertar o canto certo. Só depois de ir ali naquela porta de pré-consulta, ali naquela porta de alumínio, lá dentro, lá fora, encontrei um balcão onde me perguntaram se a consulta estava MESMO marcada. Bom, me disseram pra vir aqui hoje, porque tinha uma consulta com Dra. Fulana de Tal às 13h. Mostrei o meu numerinho, porque eu tenho um numerinho de lá (que inclusive colaram na minha RG e que vou tirar já, já). A moça do balcão me explicou que isso não queria dizer muita coisa... O certo mesmo era confirmar na recepção.
Nesse mesmo balcão, um senhorzinho queria saber se os exames que tinha feito em março, já estavam prontos. Não, agora é que estão chegando os de fevereiro. Fevereiro, minha gente. Três meses atrás. Dependendo do exame, nem serve mais. Como é que pode, hein?
Aí, foi outra luta pra encontrar a recepção, porque não existem placas indicativas. Finalmente, descobri que a recepção ficava onde se lia OFTALMOLOGIA e sim, eu tinha uma consulta marcada. Voltei pra moça do balcão que me disse pra sentar nas cadeirinhas e esperar que a enfermeira ia chamar os pacientes para a Dra. Fulana. Ok.
De repente, um tumulto do outro lado. Era a enfermeira dizendo que os pacientes da Dra Fulana e de Dra. Sicrana, tinham que se dirigir para o outro corredor, porque não ia ter furação e elas iam atender nos consultórios 4 e 6. Furação é medição de glicose. Fiquei com muita pena das pessoas que só fazem isso de mês em mês, quando vão lá, e que vão ter que esperar até junho.
Descobri que tinha que fazer um prontuário justamente na hora em que ia ser atendida pela médica, porque não viram que era a minha primeira vez ali enquanto ainda estava esperando no corredor dos consultórios 4 e 6, onde o calor é de matar. Não, eu nunca vim aqui. Não, nenhum atendimento. Pra nada, nenhuma vez.
E onde diabos se faz esse prontuário, né? Perguntando a um e a outro, até chegar numa salinha onde uma senhora muito atrapalhada tentava salvar as informações de um paciente no computador. Porque não era dali, porque a pessoa faltou, porque queria se trancar na sala dela e ficar lá. Por mim, tudo bem. Desde que alguém fizesse meu prontuário.
Na minha vez, o mesmo problema e ela reclamando que tinha que atender os pacientes numa sala cheia de gente com conjuntivite e que era um surto e que já tava sentindo o olho coçar e ia ali lavar a mão. Espero, querida, tem problema não. Vai lá. Na volta, todo um problema, porque ela só conseguia ir pra agenda de marcações e não simplesmente salvar os meus dados onde eles deviam ficar.
No desse salva-não-salva, chegou uma moça querendo saber como pegar o exame do coração que a mãe dela fez. A atendente explicou que os exames não saiam, ficavam no prontuário. Então, a moça perguntou se o médico que ia atender a mãe dela ia ver os exames. A atendente pegou a fichinha e disse que não, que o médico em questão era um oftalmologista e quem ia ver esse exame era um cardio. E a moça insistia, que se o exame estava no prontuário, não custava nada o médico dar uma olhada. O oftalmologista, claro. Um eco. Certo.
Voltei pro corredor dos consultórios 4 e 6 e esperei. A Dra. Fulana não escondeu todo o seu cansaço, nem falta de entusiasmo. Expliquei porque estava ali e comentei que também tinha ido para conhecê-la, já que estava querendo mudar de médica. Perguntou quem era a minha médica, respondi e ela me disse que era uma profissional muito competente e muito sua amiga. Então tá.
Acho que ficou zangada e quis acabar o mais rápido possível com aquilo tudo. Eu também. Porque a minha opinião, como paciente, não é muito semelhante a dela. Ao final, disse que me sentise a vontade para procurá-la no consultório se realmente quisesse mudar de médica. Quero sim, mas não vou procurá-la.
Fui lá na farmácia, entreguei a receita que a Dra. Fulana me deu e descobri que só fornecem a insulina mais baratinha e X tirinhas por mês, quando uso 8 vezes mais. E para pegar esse material, tenho que ir lá todo mês, das 08 às 10h. Mas, melhor chegar antes, porque é muita gente. Acredito. Porque nos 20 minutos que passei esperando, o atendimento foi do número 498 para o 506 e o meu ainda era 559. Só que eu tinha que voltar pora agência, né? Chefe já tinha me ligado duas vezes e eu tava me sentindo exausta. De verdade.
A única coisa boa disso tudo foi saber que não preciso voltar lá, que ainda tenho essa opção. Deus conserve.
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