Foi lá no Dragão do Mar, em Fortaleza, que assisti Santiago. Quando terminou, a gente sentou ali na pracinha e comecei a chorar. Na verdade, comecei a chorar no final do filme e não parei mais até chegar ao pranto desconsolado.
Ele me abraçou, me deu pipoca doce, ficou me olhando espantado tentando entender e perguntando porquê. Mas, como é que eu podia explicar? Era por mim, por Santiago, pela saudade, mas principalmente pelo descaso que a gente tem para com o Outro.
Santiago passa o filme todo falando da aristocracia que tanto admira. Mostra seu arquivo ginatesco de notas sobre personalidades e nobres do mundo inteiro. O trabalho de uma vida. De uma delicadeza inexplicável. De uma beleza que, talvez, só ele conseguisse enxergar.
E o filme é sobre isso. Santiago inserido naquele contexto. Mas, quando já tava terminando, no finzinho mesmo, ele quis falar alguma coisa que era importante pra ele, só pra ele - não para o filme, nem para o diretor - não deixaram. O tempo já estava estourado e não havia espaço pra Santiago dizer o que queria. Ele que era motivo e nome do filme, mas não era.
Me aperta o peito até hoje.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
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3 comentários:
Foi o filme que mais gostei no ano passado, briza. Bejos.
Berna.
Eu vi também. Achei muito bonito.
Belo comentário. Ah, quero assistir. bjs.
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