terça-feira, 24 de maio de 2016

Esquece a agenda, o dia, a hora.

Esquece as promessas e os compromissos. Esquece a pressa. Morre um pouco aqui comigo. Deixa esse sentimento tomar conta do seu corpo, da sua alma e do seu coração. Devagarinho. Feito onda, que se agiganta, pra se perder ali na areia. Se você percebe isso, se você entende isso, se você deseja isso, vai, se deixa levar. E eu te levo. Juro, não te perco, não. Seguro forte a tua mão, mesmo quando não der pé. Sei nadar e te ensino. Sei boiar e te ensino. Se você quiser. Por enquanto, te olho de longe e espero. O problema é que não sei esperar. Mas, também não quero ir embora. E tudo isso é novo e é doido e é um cabo de guerra comigo mesma. Ganho e perco o tempo todo. Desconfio que você ganhe e perca também. Enquanto isso, as pessoas me falam pra ter calma. Pra esperar amanhã, depois, o dia seguinte. Mas, você sabe - e talvez, só você saiba - que pra mim estar viva é uma loucura imensa e pode acabar já. Puft. Já era. E eu quero mais e acho que nunca vai ser o bastante. E deve ser por isso que não durmo à noite, de tanta vontade que o dia comece, que o sol nasça e que a roda gire. Tudo igual e tudo diferente ao mesmo tempo. Não é infinitamente mágico? Eu acho. E queria te contar. Contar, não. Queria era te mostrar o que está por trás dos meus olhos e com meu desequilíbrio te sustentar no ar.



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