quarta-feira, 29 de julho de 2009

Em Recife, outra vez.

Cheguei sexta à noite. Estranhando tudo, detestando tudo. Muita luz, muito carro, muita buzina. Excesso. Desordem. Confusão. A minha vontade era ficar bem quieta num canto, até essa agonia passar. Ainda não passou.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Quinta-feira

Saí de manhã pensando em ir até aqueles apartamentos que ficam depois, bem depois, do relógio de flores.
Tomei banho, me arrumei, fui até o Bonanza e voltei.
É que não tinha ninguém na rua e fiquei com medo de perambular sozinha por aí.
Almoço no Chez Selfice.
Depois, fui até o centro buscar os copiões e cópias de 15 x 21 para exposição na Casa Galeria Galpão.
Uma correria medonha e eu esbaforida do sobe-ladeira pra chegar lá.
Vi a performance dos meninos da Carne de Porco.
E acho que chamar esse momento de performance é um negócio muito esquisito.
Depois, voltei pro hotel sentindo um não-sei-quê podia nomear de tristeza, mas nem era.
Ele diz que não sei definir direito os sentimentos, que misturo tudo e eu acredito.
Porque não é a primeira vez que alguém me diz uma coisa assim.
À noite, teve show de Nação Zumbi, mas a gente acabou nem indo.
Assisti Simplesmente Feliz e não gostei tanto assim.
Amanhã, partiu Recife.
Não quero mais ficar.
Nem poderia, se quisesse.
Hotéis superfaturando.

Em resumo.

Andei muito pela cidade.
Levei muita chuva, senti muito frio.
Conheci quase todo o comércio do centro.
Lanchei no Pérola.
Finalmente, encontrei o Palco da Cultura Popular, onde vi teatro de rua, afoxé e declamadores.
Vi também um bloco carnavalesco passando na frente da Prefeitura.
Visitei a exposição Arte no Casarão e não entendi nada.
Fiz o papel de assistente extra-oficial na Oficina Apreendendo o Tempo.
Fui ao Parque Ruber Van Der Linden, conhecido Pau Pombo, depois de quinze anos.
Fui até a Catedral, onde fui paquerada por um velhinho muito incoveniente, que insistia em segurar a minha mão e me avisou que estava sempre ali naquele horário.
Assisti Caramel, que é lindo.
Assisti um documentário chamado Terra.
Vi um reisado pela primeira vez na vida.
Achei o Bradesco.
Tomei muito café e muita sopa.
Comi mais do que deveria e menos do que gostaria.
Terminei de ler Big Love e comecei Caixa Preta.
Vi o show do Del Rey e não adorei.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Diarices.

É estranho quando o seu companheiro de viagem dá aulas o dia inteiro.
Até dá pra sair e passear, mas a graça não é a mesma.
Você não tem com quem comentar tudo que vê, ouve e sente.
Fora que minhas andanças por Garanhuns dão sempre uma hora, pra onde quer que eu vá, nem mais, nem menos.
A programação do Festival só começa lá pelas cinco da tarde.
Ou seja, manhã toda sem ter o que fazer, almoço feliz no intervalo da oficina Apreendendo o Tempo e tarde sem ter o que fazer até quase a noite chegar.
Aí, pra não ficar no hotel, caminho, mesmo sem ter pra onde ir, porque não há muito pra onde ir, na verdade.
E o bom é que mesmo quando faz sol, feito hoje, não faz calor.

domingo, 19 de julho de 2009

Só pra constar.

A viagem pra cá foi tranquila e é coisa muito boa nessa vida passar pelo túnel Cascavel no meio das pedras.
Senti saudades de Diva Perla, minha amiga, com que vim pra Garanhuns há mais de 15 anos.
De lá pra cá, meu senso de orientação não melhorou.
Almoço no Restaurante Terraço na Av. Rui Barbosa super vale a pena.
Prato pra duas pessoas, dá para três tranquilamente.
Se uma das pessoas, no caso eu, está de dieta, dá pra quatro.
As pessoas estão usando todo o figurino de inverno, mas a verdade é que nem tá tão frio assim.
Só quero ver se quando sair agora à noite, vai sair fumacinha da minha boca.
Um aviso aos que vierem e passarem pelo Parque Euclides Dourado: muito cuidado na hora de entrar no pavilhão de artesanato, você pode acabar sendo entrevistado ao vivo para Rádio Poesia.
Eucalipto é uma árvore muito linda e cheirosa.
Vi quatro crianças ruivas, QUATRO numa tarde.
Será que é o clima europeu?

Garanhuns.

Nunca, nunca mais nessa vida, vou alugar uma casa ou o que quer que seja, sem ver primeiro. Mesmo que as referências sejam boas. Não vale a pena. É só dinheiro e tempo gastos, além de muita dor de cabeça. E quando falo isso não é sentido figurativo.

Pois bem, antes de vir aqui pra Garanhuns consegui uma casa ótima, por um preço razoável. Sala, cozinha americana e uma suíte. Ok. Eu e Caio dormimos no quarto e os dois amigos dele na sala. Não seria o melhor dos arranjos, mas também não seria o pior.

Chegando aqui, depois de três horas de viagem, descubro que a sala com cozinha americana, não existe. É só um corredor com pia, fogão e geladeira. O banheiro, fica no caminho para o quarto e NÃO TEM PORTA. É claro que no corredor-sala-cozinha não cabem dois colchões, portanto todo mundo dormiria no quarto, que também não tem porta, já que os ambientes interagem. Quer dizer.

Fazia tempo que não sentia tanta raiva, tanta chateação. Pior, que encontrar hotel em tempo de Festival de Inverno é coisa muito difícil. Mas, deu certo e estou aqui usando a Wireless de um apartamentinho ótimo. Preocupada com os dois moços que chegam mais tarde. Que é outra coisa muito chata: resolver pelos outros, ainda mais quando não se conhece os outros tão bem assim.

Ano que vem, a estratégia vai ser outra, tenho nem dúvida. Agora, vou ali descansar e esperar Caio chegar com as malas e as novidades da nossa ex-morada na cidade das flores.

sábado, 18 de julho de 2009

Tudo pronto.

Casa alugada, malas arrumadas, carona combinada.
Amanhã de manhã, partimos pra Garanhuns.
Festival de Inverno com temperatura chegando nove graus.
Ainda bem que tô melhor da gripe.
Já a ansiedade, só piora.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Estranhamento

Estou na casa de Dona Helena, minha mãe. Estranhando tudo. As rotinas, os espaços, a claridade. É sempre assim quando volto. Normalmente, passa rápido. Dessa vez, tá demorando. Já, já volto pra casa. E vai ser outro processo de acostumamento: com o clima temperado e as cores amenas, com a ausência de sol e o cheiro que me faz espirrar.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Lejos.

Eu não devia ficar triste porque ele vai passar uma semana longe. Eu não queria ficar triste. E a verdade, é que nem precisava. Isso porque quando um avião cruza os céus do Brasil, de Recife para Fortaleza, me mudo da Domingos Ferreira para Conselheiro Aguiar. Fico ali naquela casa bonita e iluminada d’onde se avista o mar. E eu gosto. Mas, só gosto depois.