quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Dois presentes, meus.

29 de novembro de 1948. 01 de dezembro de 1953.
Foi aí que comecei a existir e nem sonhava.
Meu pai me quis brisa.
Minha mãe, pés no chão.
Um equilíbrio perfeito que desequilibro com o que me cabe de medo e desejo.
Se fosse pra escolher de novo, hoje, nos próximos mil anos, no tempo onde tempo não mais houver, escolheria sempre e pra sempre:
Marcos Mulatinho e Helena Sá Barreto.
Meus presentes nessa vida.
Onde o meu amor se aninha.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Lembrança, verdade ou sonho.

Tem essa lembrança, que não sei se é verdade ou sonho. Fim de tarde na praia. Chinelos na mão, pés na areia, vento nos cabelos. Tudo meio cinza. Céu e mar. Nenhuma explosão de rosas e laranjas entre nuvens. Nenhuma onda verde-azulada. Falta cor. Mas, não falta nada. Te conto de antes, de agora ou dos meus planos pra depois? Você tinha planos pra depois? Eu não. E fiquei. Enquanto você foi embora, deixando teu futuro sem dono. Não posso reivindicar em teu nome. Ninguém pode. Porque ninguém basta. Tenho essa lembrança do teu sorriso largo e do teu olhar antigo. Mas, não sei se é verdade ou sonho. E a única pessoa para quem poderia perguntar, me deixou falando sozinha.