quinta-feira, 18 de junho de 2009

Diarices.

Sempre é muito melhor do que eu lembro.
Esse ano, teve Dominguinhos, teve Elba Ramalho e não sei mais quem, porque saí quando ainda faltava uma atração.
Teve brincadeiras de São João, teve touro mecânico e comidinhas impossíveis pra quem está de dieta.
Teve livro sobre propaganda pernambucana que valia quinhentas estalecas.
Sim, estalecas, feito no Big Brother.
E tudo bem, né? Porque a festa é da Globo.
Teve abraços dos queridos que não via faz é tempo.
Teve muito riso, muita gritaria, muita bagunça, muita dor nas costas, muita sopa na volta pra casa, que tava morrendo de fome.

Volto na Dra. Nutri dia 30 e queria ter emagrecido mais uns dois quilos até lá.
Queria mais, claro.
Só que preciso ser realista, porque não é fácil.
Apesar dos esforços todos.
Glicose continua uma doidice mesmo fazendo tudo direitinho, comento tudo direitinho, fazendo os cálculos todos de insulinas de correção e cobertura.
Mas, sou brasileira e não desisto nunca.

Lendo livro bestinha, mas que entretem.
Tentando comprar livros sérios, mas o site da saraivapontocom, sempre dá erro no final e me deixa na dúvida do compreinãocomprei.
Os atendentes on line já devem me conhecer, porque.
Feito os amigos taxistas, ali da minha área.
Queria muito que eles não sentissem a necessidade, quase compulsiva, de me contar toda a sua vida.
De manhã cedo, tudo que eu quero é vir bem caladinha e quietinha pro meu trabalho.
Num transe de quase-sono.
Mas, as pessoas interagem comigo.
Interagem e interferem.
A senhorinha pra quem peço almoço, por exemplo, perguntou se tive dificuldades em ligar mais cedo, porque cheguei 15 minutos atrasada.
A patrulha está em toda parte, minha gente. To-da.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

“Aí, a gente vê o que faz”.

Não foi a resposta certa para pergunta que não houve.
Ou seja, precisava nem dizer nada, nera?
Se bem que, às vezes, fico instigando e deve ser muito insuportável ouvir & calar.

Almoçamos no chinês e o biscoito dele veio sem sorte.
Em compensação, a minha dizia que vou ganhar um presente há muito esperado.
Só que isso foi no sábado e até agora nada.

Tá, ganhei dois convites pra essa festa disputada de hoje.
Mas, nem queria ir.
Portanto, não se encaixa na categoria “há muito esperado”.
Muito antes pelo contrário, se a gente for considerar.
A não ser que tenham trocado meu presente, o que sempre pode acontecer.

Gosto de vir trabalhar pela beira-mar, ainda mais quando faz sol.
Se acerto o horário e vejo meu pai correndo no calçadão, o dia é de sorte.

Ontem, assisti “A festa da menina morta”.
Não sei se gostei, mas me deu uma angústia medonha.
Fim de semana, vi Intrigas de Estado e entretem.
Também assisti Sete Vidas (chorei, chorei, chorei), Dia dos Namorados Macabro (muito apropriado para sexta-feira, dia 12) e Pagando bem, que mal tem.

Cada vez tenho menos paciência e vontade de gentes.
Isso me assusta, mas muito não.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Doamor.

Caixa de entrada. Apagar mensagens. Aí, descobri aquela sms de dezembro no celular que recebi domingo. A única que escapou. Enviada justamente pelo responsável por transferir os dados de um aparelho para outro. Suspeito assim. Achei graça e tive vontade de sair da reunião só pra telefonar e dizer que achei a coisa mais linda. Porque o amor também se fortalece nessas delicadezas. Eu acho.

Hoje tô sentindo ondas de ternura. Sem falar da saudade. Sinto muita saudade sempre. E queria que meu presente chegasse hoje e não lá pelo dia 17, nem sei quando é o dia 17. É um agrado, do jeito que me é possível fazer. Preferia estar perto no dia do aniversário e ouvir todas as histórias entre-sorrisos, porque é assim que ele me fala: entre-sorrisos. É bonito que só, é único e é eterno, não tem jeito.

Dia-a-dia-a-dia.

Enxaqueca. Dorflex, não adianta. Neosaldina, não adianta. Cafiaspirina, adianta, mas não resolve. Até saí mais cedo ontem. Vinte minutos salvadores, porque não tava mais agüentando e precisava da minha casa, da minha cama e daquela sopa gostosa que ele faz.

Difícil foi atravessar uma Agamenon-Magalhães-Domingos-Ferreira sem fim.

Tinha as duas meninas moluscolama falando que o show do Eddie foi absurdamente caro (25 reais), porque “os caras voltaram de São Paulo com o rei na barriga”.

Depois, passaram para os comentários a respeito da vida profissional: “eu dei muita sorte, porque saí do mestrado já com emprego. Passei na seleção, fiz o treinamento e fui efetivada na mesma semana. Isso não acontece sempre, né? Tô dando aula de inglês, não é a minha área, mas já é um começo”.

E eu queria não participar. Mas, era muito impossível. O mais grave é que uma delas falava “bicho”. “Bicho”, sabe? E minha cabeça doía insuportavelmente.

Depois, teve a mocinha evangélica cantarolando hinos de louvor. Atrás de mim. Talvez, fosse a minha salvação, mas é que ontem não tava dando mesmo.

E, por fim, o casal de meninas com anel combinado. Perguntei a hora pra uma e a outra me lançou um olhar fulminante. Merecia mesmo. Pra fechar o dia.

Uma hora inteira pra chegar em casa. E ainda bem que ele tava me esperando e me dengou bem muito. Mas, melhorar, não melhorei, hein? Tempos difíceis esses de TPM, gripe, enxaqueca e abstinência das delicinhas que acalmam o coração.

Domingo, Dona Helena foi almoçar lá em casa e levou a lasanha preferida. Resisti, mas passei a tarde abusada. Porque sou cheia de mimimi. Mas, ela ficou ali no sofá e eu deitei ali no colo dela e cochilei enquanto assistiam filme.

Aliás, foi só o que fiz nesse fim de semana: cochilar. Benegripe pode ser usado contra insônia, certeza. Aí, tive sonhos muito esquisitos. De acordar e não consegui contar com crises de riso e de acordar pedindo abraço, de tristeza.

Só fui ali no shopping fazer compras, numa manhã de céu azul clarinho, feito o de Fortaleza. Depois, a gente viu Mulher Invisível e riu que só. O filme é maisoumenos, mas Selton Melo sempre salva, amém.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Cansaço.

Uma dor de cabeça que não passa há três dias é uma coisa muito desesperadora. Cada vez que a glicose baixa, piora. A glicose tem baixado muitas vezes. Vou mandar e-mail pra Dra. Nutri com os últimos resultados todos e ver se ela concorda que devo diminuir a insulina de correção ou a insulina de cobertura.

Fico imaginando que esse assunto não deve interessar pra quem lê, assim como não interessa pra quem falo. Mas, não dá muito pra pensar em outra coisa. Fora gripe, né? E tpm. Ou seja, nada ajuda.

Queria ir pra casa, tomar aquela sopa gostosa que ele faz e ficar deitada na cama até melhorar. Porque tem horas que parece que não vai melhorar, sabe? É muito tempo, muito analgésico e não resolve. Melhora, mas não passa. E aí, glicose baixa de novo e tudo recomeça.

Segue a vida.

Não contei que assisti Heróis e Che, que a ex-síndica conseguiu ser extremamente irritante essa semana, que desisti de ir pro jogo do Brasil, que decidi que a minha próxima morada tem que ter uma varanda.

Aff.

Fazer dieta não é fácil.
Fazer dieta e contagem de carboidratos pra saber quanto de insulina vou ter que tomar de acordo com o que comer é ainda mais complicado.
Fazer dieta e contagem de carboidratos pra saber quanto de insulina vou ter que tomar de acordo com o que comer e ainda checar quanto está a glicose naquele momento, pra somar uma insulina de correção, nem se fala...
É um teste de persistência e paciência.
Coisa que você já não tem, quando precisa abrir mão de montes de gostosuras.
Pra completar, a glicose não obedece as regrinhas matemáticas, embora eu obedeça as regrinhas da Dra. Nutri.
Mas, vamo em frente, que é preciso ter muita fé nessa vida.

terça-feira, 2 de junho de 2009

É que foi muita coisa.

Na quinta, a gente conseguiu chegar antes das sete e dez no cinema, para assistir “O Casamento de Rachel”. Só que com uma semana de atraso. O filme tinha saído de cartaz, mas esqueceram de avisar aquele site: pernambuco ponto com barra diversão.

Aí, a gente acabou vendo uma comedinha italiana, cujo nome não me recordo agora. Até gostei do filme, naquela linha entretenimento e pipoca.

Chateação foi um casal, que não era um casal, ficar conversando o tem-po-to-do. E não era baixinho não, era uma coisa mesa de bar, com gargalhadas e tudo mais.

Em determinado momento, uma senhorinha reclamou, perguntando pro rapaz, se ele podia falar mais baixo. A resposta foi: “posso não, gata”. Exatamente assim.

Pensei em chamar alguém pra falar com ele, alguém que resolvesse. Mas, acabei deixando pra lá e ficando com muita raiva da minha própria pessoa, por me incomodar e não fazer nada a respeito.

Na sexta, crise familiar alheia. E me comovi e me envolvi e voltei pra casa sentindo dor de cabeça, cansaço e desesperança.

Aí, quando cheguei, soube que tinha um escorpião no apartamento. Vivo e de verdade. Nunca tinha visto um assim de perto nessa vida.

Fiquei com medo de que se proliferasse. Fiquei com medo daquele ser um escorpião-explorador e de que, depois dele, viessem aos milhares. Mas, não. Foi um só e está preso e sobrevivendo no ex-porta-talheres.

Lá pelas dez da noite, começaram a chegar os convidados para o casamento. Sim, teve casamento naquele restaurante vizinho. Decoração com luzes verdes na parte de fora e rosas, na parte de dentro. Tinha um bolo suspenso com andares e música ao vivo. Tudo muito fino.

A noiva chegou de limosine e fez dancinha na hora de tirar fotos. Descobri que gostava dela nesse exato instante. Houve um tempo em que sonhei casar assim.

A festa foi até depois das 3:30. Sei disso, porque a essa hora, o ar-condicionado do oitavo andar despencou, levando junto o do quarto andar. Uma barulheira medonha. Parecia que era dentro de casa. Coração tiquetaqueando superacelerado. Mas. sobrevivi ao susto. Sobrevivemos todos.

É claro que as pessoas desceram. É claro que ficaram na dúvida se era o ar-condicionado só ou o prédio todo. Difícil, foi dormir depois. Mas, o cansaço me derrubou.

Sábado, teve café da manhã na padaria, que a gente tá viciado. Depois, passeio pra conhecer o novo Extrabom. Passeio é modo de dizer, né? Problema é que tava lotado e eles ainda não têm estrutura pro tanto de gente que tava lá.

Resultado: chão molhado, ar-condicionado que não dava vencimento, prateleiras vazias... ainda bem que era pouca coisa pra comprar. Tenho paciência não.

Teve encontro inesperado na volta e conversa enfadonha. Sim, tava com TPM. Sim, me chateei deveras. Mas, o almoço de Seu Carioca me alegrou o coração.

Queria ter saído à tarde, queria ter ido ao cinema, mas fiquei doente dessa mesma virose que todo mundo pegou e aí não teve jeito. Solução vou ficar vendo a preparação pro Burn Reality.

Minha gente, o que foi aquilo? Uma superestrutura jamais vista ali na vizinhança! Um dia inteiro de preparação, seguido de um dia inteiro pra desmontar tudo. E acho que nem foi tanta gente assim, hein? Quer dizer, valeu a pena, pessoal?

Mas, o fato é que quando levantei (sim, mal dormi com as buzinhas e os gritinhos e as luzes e a música) às novimeia, ainda tinha gente saindo. Copos e cigarros na mão. Alguns sapatos/sandálias também. Super elegante a rapaziada.

Um detalhe importante, é que quando ainda estava na fase de preparação, o pessoal da organização deve ter ficado em pânico com a festa que tava rolando ali no mesanino. Forró e pagote no último! E teve briga. Briga com gritos e xingamentos, toda uma movimentação. E eu acompanhando.