terça-feira, 30 de setembro de 2008

Conversa fiada.

E é uma correria sem fim.
E a vontade é de que o tempo corra também, porque tenho pressa de chegar em casa.
Não há lugar melhor nesse mundo, não há.
Agora, a gente tem sol durante o dia.
E à noite, já não faz tanto frio.
Outra novidade, é a lagartixa que descobri no sábado morando em cima da porta.
E os livros novos que chegaram.
Falando nisso, quatro páginas me separam do final do livro azul.
Reviravolta no final e duas ou três surpresas.
.
Assisti Ensaio sobre a cegueira e achei bonito que só.
No final, a gente ficou ali, parado, sentado, querendo guardar aquela sensação por um tempinho mais.
Também gostei de Antes que o diabo saiba que você está morto.
Vejam, vejam.
E hoje é dia de O mistério do samba.
Antes, um café com leite e um capuccino, por favor.
Capuccino do grande, que a moça bonita disse que o pequeno era invencionice e não dava pra sentir o tão gostoso que é.
Então tá.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A cada volta.

Sou a mesma, mas completamente diferente.
Você me encontra outra e nem desconfia.
E se desconfia, disfarça.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Dá um desamparo isso.

Um desacreditamento medonho.
E essa raiva, que não passa.
Há dias, arde e me queima.
Vai acabando com algo muito terno e quase ingênuo.
Devagar, bem devagarinho.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Das melhores coisas dessa vida:

Dizer sim, quando ele pergunta se eu posso.
Seja lá o que for.

E foi uma hora ensolradada, em meio a esses dias nublados.

Dos medos.

Eu falei que não queria saber o que vem depois e é justamente pra esse lugar que você me leva.
Não sei se não ouviu, se não levou a sério ou se não se importa.
Mas, vezenquando, acontece de querer soltar a sua mão e isso dói que só.
Penso que você nem imagine o quanto.
Ainda bem que é sexta-feira e faz sol.
E o mais bonito foi olhar pra trás e ver que ela estava na janela me olhando e fazendo festa.
Do mesmo jeito que eu fazia pra ela antes.
Talvez, o amor se espalhe de tal forma que leve essa angústia pra longe.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Será que isso se nomeia ansiedade?

Essa angonia-mão-gelada?
É a primeira palavra que vem à mente.
A resposta imediata à pergunta que teima em existir.
Mas, a verdade é que eu não sei.
Talvez, seja cansaço só.
Talvez.
É um quase medo do que vem a seguir.
Não medo-pavor, mas medo-expectativa, sabe?
Um desejo de aceleramento do tempo pra que esse depois chegue logo.
É, deve ser ansiedade.
Há de ser.
E cansaço, porque ansiedade cansa.
E a vida também.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

E quando a noite mais doía, o telefone tocou.

Do lado de lá, uma voz cheia de sorrisos, me adivinhava a precisância. E me falava das cores do dia e dos desejos de amanhã. As palavras se atropelavam no entusiasmo das novidades. O silêncio, quando havia, não parecia cheio de não-ditos. Era só o espaço entre um pensamento e outro. Era disso que precisava, tão pouco e tão simples, mas de difícil entendimento para a maioria das gentes.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Desenha na folha em branco.

Sente o tiquetaquear do coração. Acelerado e forte. No ritmo dos seus dias. Fecha os olhos e tenta se concentrar na respiração. Desiste. Adivinha a dor de cabeça que se seguirá. O cansaço é tanto, que é impossível pegar no sono. Olha a hora no celular e pensa que vai ser pouco tempo pra dormir. Passa o hoje a limpo. Gosta de lápis e borracha. Desiste de organizar mentalmente o amanhã. Estica o braço esquerdo até alcançar o livro azul. Lê 12 páginas, mas não é todo mundo que consegue escrever um policial com o suspense necessário. Manda uma sms. Duas. Não tem resposta. Já é tarde. Se preocupa por exatos 2 minutos, mas acredita que está tudo bem. Precisa ter mais fé. Exercita. Se começar agora, talvez, ainda haja tempo. Por outro lado, já é tão tarde e amanhã vai ser um dia tão cheio... A fé pode esperar. Tem removido montanhas sozinha.

sábado, 6 de setembro de 2008

São dois sóis.

Um mergulhado no ázul do céu, outro no verde do mar. Mão direita toca a água e faz o sinal da cruz. Respeito e proteção. Caminha em direção a esse horizonte impossível, olha pra trás e sorri iluminado. Lava a alma e volta pra casa.