sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Tic-tac

Quinze minutos de espera viram meia-hora.
Meia-hora, uma hora inteira.
Todo atraso, atrasa a vida.
Porque o tempo tem pressa e não para lá fora.

Amanhã, é aniversário do meu pai.

E hoje, ele me disse que eu tenho em mim parte da alma dele. Assim, na hora do almoço, em meio a correria do dia, poesia.

Circiris.

Quando ela foi pra São Paulo, fiquei pensando em como é que podia uma menina pequena, viver numa cidade tão grande. Como se não soubesse que ela é muito maior do que parece. E cresce e se expande, de um jeito bonito de se ver. Lia as novidades naquele blog secreto e me preocupava com as saudades tantas. Principalmente, daquele menino que é tão feitinho pra ela. Aí, chegou o tempo de ficarem juntos, os dois. Colorindo uma cidade que é cinza. E ela me mandou as fotos da casa que é deles, assim, no plural. Pra que eu visse e dissesse alguma coisa de mim, porque sente amor e falta. E o que tenho pra dizer é que também sinto amor e falta e que fico feliz por ela estar feliz e realizando os sonhos todos. E sim, quero dormir no sofá oferecido, quero estar perto, quero que ela mexa no meu cabelo, enquanto conta histórias mirabolantes, enquanto ouve histórias mirabolantes. Porque somos moças de histórias mirabolantes, nós. Sendo que ela usa colares e eu não.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Passei a noite passeando pelo seu jardim.

E pensando em como são bonitas as suas flores. Queria poder te dizer. Queria poder falar contigo. Queria saber se você ainda quer brincar comigo. Não hoje, nem amanhã. Mas, o tempo há de dar jeito. O tempo sempre dá. De um jeito ou de outro.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Três minutos e meio.

A culpa é do sol que faz nessa cidade. Desbota as cores, queima a pele e faz a camisa da menina grudar nas costas de tanto suor. Vento não há. Nem perto do mar. Só no apartamento dela, onde falta água.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

<3

E mesmo depois de quase dois anos, ele me diz:

- Eu não quero nunca mais passar um mês longe de você.

E o coração tiquetaqueia macio e quentinho.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Você pensa que está seguro.

Só pensa. Porque não está. Porque não é mais possível. E não adianta morar numa avenida movimentada, em um prédio com muitos apartamentos, com vigias e porteiros. Não. Você toma um susto de manhã e passa o dia com uma sensação esquisita. Porque é seu aquele espaço. E o Outro ignora. Não há respeito e mesmo que não haja violência física, existe essa outra - muito enormemente gigante - que é transformar um lugar que lhe é familiar em alguma coisa nova e desconhecida. Nova e desconhecida num sentido muito negativo, entendam.

Mas, passará. Passaremos todos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Das fases.

Tem essas fases em que os problemas são práticos e a gente esquece dos problemas inventados.
Espero conseguir resolver.
Espero saber usar as palavras certas, na hora certa.
E depois receber um SIM bem grande como resposta.
É disso que eu preciso.
Na verdade, precisava não ter que perguntar.
Pelo menos, dessa vez.
Pelo menos, nesse caso absolutamente específico.
Sou dessa opinião.