quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Rasgou o meu peito e tirou de lá o coração, sangrando.

Os sentimentos ali, cansados, surrados, sobreviveram. Queriam renascer em outro jardim. Novos, lindos, livres da dor. De qualquer dor. Esperançosos. Cheios de vida e de vontade. Mas, em não quero outro jardim, eu não quero outro lugar. Eu paro. Eu não respiro. Eu sou a estátua da moça da fonte, da mesma fonte onde quis tirar uma foto. A foto do dia que devia ser esquecido, do dia que não devia ter existido. A foto desse dia que não tem mais fim e é sempre noite e é sempre frio. 

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