terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Não quero que você me faça sofrer.
Não quero que você me faça chorar, nem gritar de raiva.
Sentir medo, insegurança, nem essa angústia que aperta o peito. 
Quero que você me seja suave e macio.
Quero que você seja alegria dessas desvairadas, dessas gargalhadas. 
Quero que você seja meu banho de chuva, minha dança de euforia.
A música que canto bem alto pro mundo todo ouvir.
Não quero achar que você é fraco, inconstante e egoísta.
Não quero te olhar lá do fundo do poço.
Não quero falar mal de você.
Quero é desenhar você bem bonito.
A curva do seu sorriso na ponto dos meus dedos.
Os seus olhos vendo dentro de si mesmo.
O traço das suas sobrancelhas.
Perfeito.
Perfeito na imperfeição, na incompletude.
Você em construção.
Assim, como eu.
Ou em desconstrução.
Assim, como eu.
Desaprendendo pra aprender tudo novo e de novo e de novo e de novo.
Que a vida não para é nunca.
Nem essa vontade da gente de ser mais e maior.
Essa ânsia de movimento, esse ser solar.
Porque sim, a gente faz sol, mesmo quando chove.
E tem chovido é muito.

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