quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Dos aperreios.

Já tinha aquele, o mais grave.
E a única coisa que posso fazer é aprender a conviver com o peso-enorme do problema.
Vou tentando e conseguindo e não conseguindo pra conseguir de novo ali na frente.
O dia todo, todo dia.
Porque não passa.
Alivia, mas não passa.
Vezenquando, penso que não vou aguentar.
Depois, sigo a vida.
Vou tentando e conseguindo e não conseguindo pra conseguir de novo ali na frente.
Fora os aperreios pequenininhos, que não são tão pequenininhos assim.
Aperreios de tempos atrás, que não se resolvem, que não resolvo.
E vão aumentando feito aquele problema maior, o mais grave.
Melhor nem pensar nisso...
Vou tentando e conseguindo e não conseguindo pra conseguir de novo ali na frente.
Aí, ele me liga e me assusta com a possibilidade mais indesejada.
Não desabo, porque é uma possibilidade.
Mas não durmo, porque é uma possibilidade.
E lembro de tudo e quero tudo e desisto de tudo.
O jeito é me concentrar no agora e deixar esse aperreio pra quando chegar a hora.
Se chegar a hora.
Vou tentando e conseguindo e não conseguindo pra conseguir de novo ali na frente.

3 comentários:

Ni ... disse...

Gosto demais da tua forma de mostrar a vida através das palavras...

Parabéns...!!

Tarso Loureiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tarso Loureiro disse...

Achei esse poema do bandeira (que há muito eu não lia) no blog da moça aí de cima e achei que tu fosse gostar. Que os ventos levem e nos encham de coisas boas!
Fica bem!

"O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.

O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.

O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.

O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo."